sábado, 19 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Spira Unplugged

Espero que apreciem a música...


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Como são belos...


Os anúncios do Azeite Gallo!!!

Uns melhores outros piores, cá estão alguns:




I


II

III

IV ( excelente!)





V (o meu preferido...)

VI

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Partir para a escuridão
























A lágrima cai sobre as palavras sentidas
E a tinta borrata o coração
Sujando as maravilhas
Da ilusão

Quero fechar os olhos
E sonhar eternamente
Abandonando a vida
Que nunca vivi realmente

Vou dar a minha vida aos demónios,
Partir para a solidão
Que há na escuridão
Do infinito
Onde só se ouvem vozes
De almas perdidas
Num poço tão fundo de dor
Que ecoam nos tetos dos céus

Ah! Que as minhas veias gelem
E que o meu coração fraco
Degradado pela tristeza
Pare de bater
Para não mais sofrer
De paixões sem franqueza

E o meu corpo ficará na terra
A apodrecer
E terminará a guerra
Porque a minha língua vai secar
E vou parar de gritar
De gemer,
Vou morrer

domingo, 25 de abril de 2010

Porque é 25 de Abril...

















(Que azar.... O feriado tinha que calhar num Domingo! Aff...)

Conquista

"Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!"

Miguel Torga, in 'Cântico do Homem'

sábado, 24 de abril de 2010

Só para ouvir...

Adoro... As duas versões...




domingo, 18 de abril de 2010

Sem titúlo, pode ser?

Estou a tentar escrever uma história ("Fechar as portas"). Outra. Portanto irei publicar menos textos meus no blog. Deixo aqui um excerto...
























(...)

Com a visão fraca, como se os seus olhos fossem vidros embaciados, por ser de manhã, decidiu ir lavar a cara. Quando se olhou ao espelho, algo estava diferente… A sua cara estava a destorcer-se, rodando muito lentamente… Apoiou-se com uma mão no espelho pois sentia-se estranho e sem força. A sua mão branca começou enterrar-se como uma erva daninha, o espelho estava-se a derreter, tornando-se viscoso. Já sem saber onde se segurar caiu por onde agora não era uma parede, mas sim um grande buraco com azulejos derretidos a escorrer para o chão.(...)
Abriu os olhos com dificuldade e levantou-se calmamente. Estava tudo muito escuro quando, do nada, viu uma intensa luz aproximar-se e contemplou-a até ao ponto de perceber que era um comboio… Num segundo, ficou pálido e arregalou os olhos fechando-os feroz e rapidamente de seguida.
Reabriu os olhos cautelosamente. Estava tudo agora claro e vazio. O comboio não tivera produzido qualquer tipo de som e continuava no ar um silêncio desagradável. Estaria ele morto? Confuso, olhou para o chão e em frente aos seus chinelos viu um comboio de corda… Era um passado brinquedo dele... Baixou-se, tocou-lhe e este esvaziou-se como se fosse um insuflável ou um balão. Não percebia o que se estava a passar. Morto não podia estar, pois sentia o seu coração bater aceleradamente, estaria então a sonhar? Sempre tivera sonhos muito esquisitos e sem sentido e este poderia muito bem ser um desses. Suspirou. Depois de o fazer, o comboio voltou a encher-se, cresceu e tornou-se, pelo menos aparentemente, real.
Entrou no grande comboio de corda. Era muito espaçoso mas só tinha duas cadeiras. Tentou-se sentar numa delas mas esta pareceu empurrá-lo. Atrapalhado, sentou-se na outra que não o rejeitou. Pela janela, ligeiramente embaciada, distinguia vultos pretos em pequenas gôndolas em cima de altas arvores… Que sentido teria aquilo? Ele não sabia, mas pelo menos ganhara a certeza de que estava a sonhar.
O comboio parou silenciosamente. Levantou-se da cadeira e tentou abrir a porta do comboio. Esta, mal ele lhe tocou, dissolveu-se no ar.

(...)

domingo, 11 de abril de 2010

Construção do caminho

















Amo o meu caminho
Porque com vontade o percorro
E por isso amo a vida
E por isso temo a morte

Já corri
Já tropecei
Já caí
Já chorei
Já me levantei
Já errei

Tentei descobrir a luz
Por medo à escuridão
E quando a encontrava
(E com ela me fascinava)
A noite caía
E deitado no chão
Gritava e chorava
Desesperado,
Naquela triste solidão

Com as lágrimas nos olhos
Inutilmente derramadas
Levantava-me
E corria à procura
Das belas flores
Dos doces frutos
Dos melodiosos sons
Tão ingénuo que só isso via…

Tentei alcançar as flores
A alegria das suas cores
Mas entre elas havia espinhos
Que me cravaram a carne.
Derramaram-se várias gotas
Vermelhas e incolores
Descobri então as silvas entre as flores
Piquei-me, tropecei e quase caí

Tentei colher frutos
Onde não havia obstáculos
Comecei a ouvir vozes
Melodiosas vozes
Segui-as e caí
Caí no pecado

Chorei,
Berrei,
Com mais força que nunca
E na manhã seguinte levantei-me
E errei novamente
Desnecessariamente
Baixei a cabeça
Mas não aprendi…

Rastejei
Andei perdido
Magoei seres inocentes
Queimei-os com a minha raiva
E culpei-os dos meus fracassos

Abri os olhos
Quando o sol abriu os seus
Chorei
Levantei-me e dei a mão
Em sinal de perdão
Àqueles que magoei

Deixei que o tempo diluísse tudo
As palavras frias,
Os olhares ferozes,
Os gestos violentos…

Depois de sarar as feridas
Caminhei em frente
Deixei de colher flores
De me interessar pelos frutos
Ignorei as vozes
Apreciei os sons
E não temi mais a escuridão
Agora só temo a morte

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Só para ouvir...

Como não posto nada há muito tempo e continuo sem assunto para escrever, decidi pôr uma música.




sábado, 27 de março de 2010

Sem paciência...




















Estou sem paciência para escrever. Na verdade, estou sem paciência para tudo. Deixo um poema, feito à pressa e sem titulo...



Andava por todo o lado
A ver tudo e a tudo ver
Por vulgaridades era fascinado
Na esperança de algo escrever

Deixei de escrever um dia
Pois não tinha inspiração
Escrever em vão
E sem vontade
A ninguém aquece o coração
Mais vale tomar a liberdade
De não o fazer

Esperei…
Mas o tempo não espera
O Tempo passa
Corre depressa
Ele com calma,
Nós com pressa

Mas para que tudo aconteça
É preciso tempo

Ele oculta palavras
Mas não as esquece
Guarda-as com o vento
Para o melhor momento
E na hora exacta,
Espalha-as então

Estou à espera
Que o vento me dite as palavras
Que o tempo disse com paciência
Elas no momento certo aparecerão
Para já, não há inspiração

quinta-feira, 18 de março de 2010

Revolta



















A revolta crava as suas garras fortes e afiadas no meu peito e faz-me sangrar. Sangro gotas invisíveis de orgulho que me enfraquecem e me vão matando, lentamente. Amarra-me as mãos com pesadas correntes e impede-me de criar. Coze-me a boca e impede-me de me exprimir. Dificulta, com estes actos, o pensamento. Não consigo mostrar aquilo de que sou capaz, com o essencial atacado. Começo a irritar-me e dessa fúria imensa nasce o fogo. Um fogo que arde e se expande de uma forma incontrolável, queimando a racionalidade. A chama descose-me a boca e faz-me querer ser um desbocado para dizer tudo o que me apetecer. E o coração vai perdendo sangue…Quero ser insensível e um poço seco em pensamentos. Quanto mais penso, mais me preocupo e mais escrevo. Não quero perder tempo a admirar a literatura. São apenas letras. Desejo que a arte não me diga nada e não quero perder tempo a amar qualquer pintura. São apenas traços. Não quero amar nada para não sofrer. E o coração vai perdendo sangue…Não quero ter talentos nem paixões para não ter ilusões, receios nem indecisões. E o coração vai perdendo sangue… O fogo vai-se espalhando cada vez mais violentamente e as faúlhas da minha própria raiva vão-me impedindo a visão. Vou queimando, superficialmente, as arvores que me rodeiam. E o coração vai perdendo sangue…Quero receber insultos e criticas constantes. Quero fazer tudo mal e viver solitário. Não quero ter olhos para admirar nada, não quero ter boca para me exprimir, não quero ter ouvidos para os outros ouvir, não quero ter mãos para criar nem coração para sentir. Quero “viver” como muitos vivem. Apenas respirando ar. Seguindo os seus corpos e aceitando os seus pensamentos e opiniões, sem discórdia nem oposição. Quero-me tornar num ser que não pensa e que não sente, que não vive. Quero escrever textos sem interesse como este. Quero-me tornar nesse ser até que o meu coração quase pare de bater para que queira ser novamente eu.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Só uma frase...

Hoje, só escrevi uma frase... Essa única que escrevi (para além desta) foi:




Quando dentro de ti já tudo estiver queimado e morto, sopra as cinzas e renasce.

sábado, 13 de março de 2010

Gritos de silêncio
























Grito de desespero. Rujo bem alto até ficar sem voz. Grito em silêncio. Num silêncio profundo que produz tamanho ruído que chega a furar o céu com os relâmpagos violentos que me dão dores de cabeça. É ai que se encontra o desespero do grito. O estrondo que vive na mente e que é um silêncio externo. O berro que só eu ouço porque só eu grito. Procuro desesperado por soluções, contentamentos, lados positivos do que é negativo. Olho freneticamente para todos os pormenores e ignoro as coisas grandes que mais estão à vista e que eu não vejo ou não quero ver. Esqueço as pessoas que me rodeiam e ando no carrossel do pensamento que dá voltas e voltas e percorre sempre o mesmo percurso, enjoando-me. Para isso existe a escrita. Para que os gritos se ouçam no papel, para que a mágoa fique no papel, para que as soluções comecem a florir no papel e para que as lágrimas salgadas formem as ondas agitadas do mar no papel. Para que tudo se liberte do pensamento e se prenda no papel. Quando esse tudo estiver cativo, o tempo acabará por consumir as palavras e a mente esquecerá a dor. Lentamente, a nuvem que turva e obscurece os olhos vai desaparecendo e a luz do olhar começa a nascer por entre a alma curada.
Fiquei sem voz. Gritei o que tinha a gritar, escrevi o que tinha a escrever e semeei a solução que floresceu. Só se ouvem agora as gaivotas agitadas, tentando voar mais alto no céu calmo e sem nuvens. As ondas do mar acariciam a areia e o sal da água torna-se lentamente mais doce. Já não há apenas um carrossel que me enjoa mas um parque repleto de diversões a explorar. Começo a ouvir os ruídos do exterior. São os gritos comuns que todos ouvem para lá dos céus...

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sou cego e surdo














Sentado, a observar esta rua vulgar, vejo os rostos que por aqui vão passando. Alguns acompanhados, outros solitários, mas em cada um, uma personalidade. As suas expressões manhosas reflectem os pensamentos sujos que nas suas mentes vagueiam. Tento não ver o carnaval que desfila na rua. Mas, neste sítio, só vejo mascaras. Mascaras discretas e sem cor. Leio o jornal e vejo o espelho das suas palavras, neste sítio. Ouço sussurros deste e daquele. Relatos de crimes (não sei se reais), chegam-me também aos ouvidos. Tento ignorar tudo, mas não consigo. Não vejo sorrisos sinceros nem olhares verdadeiros e não ouço palavras humildes de ninguém…Odeio esta Terra! No entanto, não irei regressar aquela que mais me fez chorar. Não quero viver nesse lugar repleto de recordações. Estou aqui apenas há duas semanas. Mesmo assim, apercebo-me de toda a maldade que me rodeia… Provavelmente sou cego e surdo e estou a imaginar o que não vejo nem ouço realmente.



quarta-feira, 10 de março de 2010

Um jogo...talvez


Não gosto de terminar um jogo. Não gosto nem de ganhar nem de perder, só, simplesmente, de jogar. Avançar casas, recuar casas, ganhar bónus e, por vezes, voltar ao inicio. Tudo isto são apenas regras que o jogo exige para o tornar mais difícil. Este, é interessante se os outros jogadores seguirem essas regras na nossa companhia. Por vezes temos de os passar à frente umas quantas casas, mas o jogo é mesmo assim… O jogo diverte-nos e enerva-nos.

A vida é um jogo. Não gosto de ganhar nem de perder, só, simplesmente, de o jogar.



sábado, 6 de março de 2010

Vou-me embora
















Vou-me embora. Vou partir e nunca mais voltar a este terrível lugar onde me fizeste sorrir, onde me fizeste sonhar, onde me ensinaste a rimar. Sorrir, sonhar, rimar…Para que serviu tudo isso se depois me fizeste chorar, ter pesadelos e com tudo o que era palavra desatinar?! Esperei por ti, anos e anos sem conta, na esperança de te ver chegar. Não apareceste, nem como eu sofreste, na expectativa de um sinal. Nenhuma carta, nenhum aviso, nenhuma satisfação. Deixaste desesperado o meu pobre coração. Se me tivesses explicado, talvez tivesse compreendido e, menos maltratado, pouco tinha padecido. Achaste que preferia viver desamparado e sacrificado pela especulação, do que aguentar e seguir a vida com uma explicação? Se pensaste, enganaste-te. Nem deves ter pensado. Se calhar, a razão era tão forte que não podias pensar… Mas podias-me contar… Fizemos um pacto, lembras-te? Eu sou fraco por não te ter esquecido mas tu és ainda mais por teres medo de me ver sofrer. O erro, não o foste tu a cometer. Culpo-te porque não tenho a tua força. Culpo-me porque te amo. Estou farto de rimar! Não o devia fazer quando estou a sofrer. Só se deve usar este objecto que enfeita as palavras quando se está feliz. A raiva, a dor e a revolta são senhoras cruéis! Não merecem enfeites para a sua decoração. Talvez se forem mal tratadas, desapareçam de vez deste mundo. Mas duvido… Se não houvesse tristeza, não reconheceríamos a felicidade.
Como faz o ser humano, graças ao tempo, lá te fui esquecendo… De malas feitas e decidido, pronto para partir, para desistir… Tu regressas! Agora já não interessas. Não quero ouvir as tuas explicações, tiveste tempo para mas dar, tantas vezes te tentei contactar… Agora, fica tu sozinha na amargura desse maldito lugar à espera que eu volte! Sobre mim só vais ouvir sussurros inventados por velhas coscuvilheiras. Segue o teu caminho que eu seguirei o meu. Talvez os nossos trilhos se cruzem, mas por agora, não quero pensar nestes anos perdidos em que deixei de viver.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Não acredito no acaso














[Peço desculpa pelo texto não estar lá muito bem... Não tinha grande coisa para postar...Critiquem!!! ]


Nada acontece por acaso. Tudo está minimamente destinado. Creio que o destino de cada um está marcado, superficialmente. Quando nascemos, temos um leve traço a lápis marcado no nosso futuro. À medida que os anos vão passando, vamos tomando decisões, vamos cometendo erros, vamos conquistando coisas e também somos derrotados. Podemos seguir o traço que nos está destinado (marcado pelos nossos antepassados) ou então podemos fugir dele e traçar o nosso. É quase impossível traçar uma linha perfeita porque somos humanos. Normalmente, quem tenta fazê-la assim acaba por conseguir uma linha tracejada, incompleta. O importante é traçá-la independentemente dos materiais que possuímos. Com maior ou pior dificuldade devemos fazê-la bem.

Todas as linhas são constituídas por pontos. Cada ponto é importante para o nosso destino, mesmo que pareça pequeno. As grandes coisas são sempre compostas por outras mais pequenas.
[Podemos vaguear pelo destino se for esse o nosso desejo, afinal de contas, o destino é nada, não está bem definido. Há gente que não se preocupa em fazer uma linha recta, mas em desenhá-la da maneira como se sente e como lhe convém. Assim são os aventureiros…Ou os irracionais.]

As linhas do destino das pessoas cruzam-se obrigatoriamente com outras, senão a vida seria fácil e também infeliz. Portanto, acontece o que tem de acontecer. Temos todos reacções distintas porque cada pessoa é diferente da outra. Até os acontecimentos mais ridículos têm um objectivo no nosso destino e a nossa função é interpretá-los. Devemos tentar arranjar soluções porque elas servem para remendar traços mal feitos.

O destino não é obra do acaso nem arte de adivinhos e bruxos. O destino vai acontecendo e somos nós que o vamos formando com os traços que marcamos no passado, as nossas acções, decisões, escolhas. No passado está o tudo que define o nada do destino. Devemos sonhar e imaginar as nossas linhas mas com cabeça, com pouca loucura. A maior virtude ou sonho do Homem, por vezes é o que lhe estraga o belo desenho do destino­.Tens muitas portas para escolher, janelas para abrir, traços para fazer. A receita é: duas gota de loucura, uma de juízo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Por falar em ler...















Penso que gostava de escrever…Ou talvez não…Não me lembro se gostava ou não de o fazer nem porque o fazia (a memória é traiçoeira e difama a verdade). Gostando ou não, escrevendo bem ou mal, eu escrevia! Escrevia e não lia. Achava que era melhor viver o meu sonho do que o dos outros. E assim, melhor era criar e viver a minha história do que viver a já criada e vivida por muita gente.
Desde pequeno que só guardo para mim o que escrevo e, sendo assim, sonhador e despistado, as minhas folhas perdiam-se, as letras dissolviam-se e acabavam por desaparecer da minha memória.
Hoje, escrevo para voar, para viajar, para esquecer ou simplesmente por prazer.
Agora guardo o que escrevo na esperança de um dia poder recordar a minha vida de uma forma directa ou indirecta. A folha, miserável, guarda todas as palavras e esconde-as até que eu queira ler o passado. Ele decide o presente. Como tal, deve e merece ser lembrado. Uma fotografia também serve para recordar momentos. Mas, na fotografia, o que não está lá impresso é impossivel ver-se e na escrita está lá presente e escondida apesar de nem sempre ser descoberta.
Sei que o meu pensamento de não ler estava errado. Descobri isso há já muitos anos. Infelizmente, o tempo com o passar dos anos corre mais depressa e parece mais curto. Temos pouco tempo para o que queremos fazer e começamos a sentir saudades de certas coisas. Ler é uma delas. Eu tinha uma vontade imensa de voltar a sonhar ( o sonho dos outros ). Hoje, tive a oportunidade de fazê-lo novamente e estou satisfeito!


Portanto, vou ler...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aquela noite














[Um excerto de uma história minha... Sei que está desastroso mas não tinha nada para postar...]

(...)

Chovia naquela noite. As gotas escorriam suavemente pela janela como as lágrimas pela minha face. Não costumo chorar desta maneira, apenas grito com o coração. Não sabia porque chorava. Nem sabia sequer se eram lágrimas de alegria ou de tristeza. O que é certo e sabido é que naquele momento eu não estava minimamente interessado nem na chuva nem nas lágrimas. Estava sentado à espera que ela aparecesse. Observava-a todos os dias. Todas as noites ela vinha para o seu jardim sobre o qual eu tinha vista privilegiada. Ela pintava telas, desenhava, lia, ouvia música, dançava e falava para as árvores. Não se podia considerar normal perante o padrão a que estava habituado, mas era uma das características que me atraia; aquela indiferença que tinha para com o mundo... Na verdade, não conhecia muitas. Limitava-me a cumprimentá-la quando ela também o fazia e mesmo essa simples tarefa começara a tornar-se difícil. A sua voz forte, ligeiramente baixa, mas meiga, minimizava-me e reduzia-me a pó. Sentia-me fraco mas com um coração poderoso, porém não totalmente preenchido. Frequentemente, nem lhe conseguia responder. O coração tirava-me a fala.


A sua beleza fascinava-me. O cabelo era ruivo, encaracolado, cor de fogo, e os lábios finos e delicados. Aqueles olhos verdes, escuros (por vezes castanhos amarelados, consoante a luz), grandes e misteriosos petrificavam-me. Perdia-me tão completamente naqueles olhos como uma formiga num prado. Sentia-me pequeníssimo perante eles. Tentava decifrá-los, mas duvido que o conseguisse porque sempre via calma e nunca um único sinal de raiva ou tristeza.


Esperei mais algum tempo mas ela continuou sem aparecer. O meu desejo em vê-la era tão grande que tapou a minha lógica e ignorei completamente a chuva. No jardim dela só via seis gatos dos treze que ela possui. Todos os gatos da rua devem ser dela.


Fiquei a admirar as suas pelugens molhadas e a elegância do seu andar até que ela apareceu. Aproximei a cabeça rapidamente da janela que estava terrivelmente gelada. Ela veio de gabardine vermelha. Fiquei suspreendido porque ele vestia-se sempre de preto ou de branco. No branco mostrava a sua paz perante o mundo e no preto escondia todas as suas cores como eu ocultava no papel os meus sentimentos por ela.
Sentou-se na relva, apesar de ter um banco ao lado. Já devia estar habituado a este tipo de acções da parte dela, porém, surpreendia-me sempre com as suas acções imprevisiveis. Para minha grande desilusão, fechou os olhos que eu almejava contemplar. Concentrei-me nos seus lábios perfeitos. Imaginava o dia em que eles tocassem nos meus numa noite em que a lua nos iluminasse e mostrasse uma beleza superior. Assim a costumo desenhar com palavras, abraçada a mim. A escrita leva-me a ilusões que me fazem sofrer e que ao mesmo tempo me dão força e esperança. Só queria poder ler os seus pensamentos, atravessar a sua alma e conseguir dizer-lhe o que realmente sinto. O pensamento fala por mim e não dá vez ao coração. Passo assim todos os dias… Sofro porque amo. Sofro por vê-la e não lhe poder tocar nem falar. Sofro mais quando não a posso ver porque tenho de a imaginar e com esses fantásticos pensamentos, desconcentro-me em tudo o que faço. Ou no que acabo por não fazer...


Passou algum tempo e ela entrou para dentro de casa com um ar um pouco sério. A sua meditação (ou o que quer que fosse que ela estivesse a fazer) deveria ter sido em vão. No entanto, continuava com o olhar sereno.
Eram quase onze horas e estava lua cheia. Só se conseguia ver a sua luz. A beleza da lua era escondida pelas nuvens cinzentas que a sobrepunham. Finalmente percebi o que não devia perceber porque não tem explicação. Apetecia-me andar de bicicleta e ia fazê-lo. Foi um desejo repentino e quis concretizá-lo. A noite era fantástica, mesmo chuvosa e sombria.


Peguei na minha velha bicicleta cheia de teias de aranha e ferrugem e saí à rua. As poças de água reflectiam as luzes da vila e o musgo entre os paralelos brilhava. Ia começar a andar quando a vi. Trazia sacos do lixo nas mãos e pousou-os no passeio. Ficou algum tempo parada a olhar para a lua. Silenciosamente fui ter com ela. Sem olhar para mim cumprimentou-me e eu retribui-lhe a saudação. Dirigi-me a ela, desta vez sem qualquer indecisão. Involuntariamente agarrei-lhe o braço esquerdo e fitei-a. Os seus olhos brilhavam mais que a lua. Não teve grande reacção mas olhou-me fixamente. Sentia que ela conseguia ler-me mas eu continuava com duvidas acerca do seu olhar. Não pronunciámos nenhuma palavra mas aquele momento de silêncio, para mim, disse mais que mil palavras.

(...)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Sou imortal




















Na votação do "Qual o próximo tema de escrita?" a opção que ganhou foi "Imortalidade". Decidi escrever um poema como sendo eu imortal. Espero que gostem...


Cansado estou
Desta repetição constante
Tão desinteressante
Que é a minha vida…

Vida!
Se é que assim se pode chamar
A esta monotonia
Sem melodia
Que me faz querer sonhar
Num sonho eterno
Frio e escuro
Que é a morte

Caio na solidão,
Vezes e vezes sem conta
Os meus amigos envelhecem
E os meus olhos humedecem
De os ver desaparecer
Abandonando o meu ser

Já não tenho sensações
Nem emoções
São tudo réplicas do passado
Que deixam vacilado,
O meu pobre coração

Sumiram os aromas
Os sabores
E os sons
Para mim já é tudo igual
Quer seja cópia ou original

Está indistinto
No que eu sinto
Se ler ou escrever
Serão para mim um prazer
Ou se o faço for fazer

Já nem os problemas
Para mim o são
Para todos eles
Já tenho solução

Para o céu ou para o inferno
Vá para onde for
Não me importo…
Quero me é livrar
Do fardo eterno
Que tenho de carregar
Esperando que a morte me leve
Tendo esta esperança excessiva
De abandonar a vida

E ainda pedem os mortais
Para imortais serem
Se a vida eterna apenas serve
Para sofrerem?!


domingo, 14 de fevereiro de 2010

Com preguiça




















Olá!

Hoje estou demasiado contente para publicar algo com sentido. Não me apeteceu escrever hoje, estou com uma preguiça enorme. Decidi, então, postar um poema de Fernando Pessoa.



Liberdade

"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."

Fernando Pessoa

Vou aproveitar o meu dia de preguiça...
Até ao próximo post!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Escrita




















A folha assusta-me…E saber que a tenho de preencher assombra-me ainda mais. Ela goza comigo por eu não ter que escrever e não a conseguir vencer, mas eu não desisto. Começo a arranjar uma estratégia e crio palavras. As palavras nascem incolores e puras. As vezes vão escorrendo e saltando por rochas e vão levando impurezas que a turvam e assim vão formando a história. Depois nasce a personagem que, regada pelas palavras, se torna forte e em conjunto comigo tenta vencer a folha branca. A personagem raramente tem rosto e corpo definido, mas eu conheço-a melhor do que ninguém, até mesmo melhor que ela própria. E eu sugiro-lhe ideias que o vento, que não sei de onde vem, me sussurra ao ouvido e ela não diz nada ou concorda com tudo, o que é exactamente a mesma coisa porque eu não chego a um consenso. Até que, a personagem, desesperada e enervada com a constante folha branca se revela e assume o controlo. A sua máscara sem rosto e o seu manto sem corpo definido eram disfarces. Tudo agora se torna claro e é ela que me controla e não eu a ela. Não passo de uma marioneta que não se importa de ser controlada porque isso está a vencer a folha. E trabalhando com a personagem, junto-me com ela e as vezes nem parecemos existir os dois mas apenas um. Sinto-me na pele da personagem, vejo o que ela vê e às vezes chego mesmo a sentir o que ela sente e já não preciso de fingir. Não consigo criar e ter o poder absoluto na personagem, ela tem muito mais força e vontade que eu. E assim o imprevisível acontece. Depois acaba a história. E a personagem, com pena, despede-se de mim e eu sou obrigado a abandoná-la. Ela confortável instala-se na folha branca que foi derrotada por nós. Mais tarde, ao reler a história, voltarei a unir-me à personagem e vamos vencer novamente, como está escrito. Mas agora, outras folhas brancas me esperam e eu tenho de ganhar coragem para as combater.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A paixão do livro...














Um livro não se devora, aprecia-se…
Letra a letra, palavra a palavra, frase a frase, parágrafo a parágrafo, página a página… o cheiro da historia vai-nos chamando devagar para o livro. E vai-se apreciando e saboreando, cada momento que o livro nos proporciona. E o tempo vai passando… E aprecia-se cada vez mais… e mais… e mais… E gostamos… É doce, é amargo, é frio, é quente, é cheio de sabor e causa sensações!
Passa mais tempo, bem passado…E o que apenas apreciávamos agora é vício, é uma droga e é algo tão indispensável como a água. E agora as letras, as palavras e as frases dançam à nossa volta e seduzem-nos.
Pelo livro, nos apaixonamos… E então, quebra-se o tempo e ele não vai passando, vai voando! Já não apreciamos o livro, já não o amamos, agora devoramo-lo!
E queremos mais, mais, mais, mais história! E devoramos, devoramos e devoramos!

Até que… O tempo passou… A historia acabou… O sabor contínua em nós e queremos mais!

Idade Ladra
















[Recebi comentários de alguns amigos que dizem que a minha idade parece outra no blog. Ora bem! Decidi escrever um poema sobre a idade...]

Ai a idade!
Que tudo rouba
Leva a criatividade
A inocência e os sonhos…

Que doce que é a inocência…
Ver sempre o bem onde há mal
Viver a brincar e a aprender
O que no mundo tem para se ver
E fazer chapéus de jornal…

O tempo é infinito
Ou nem sequer existe…
Volta atrás, avança para a frente
E fazemos viagens saindo do Presente
Mantendo-nos no mesmo lugar
Sempre a imaginar…

E construímos coisas…
Que os grandes não constroem
E recolhemos coisas
Que os grandes não recolhem
E vemos coisas
Que os grandes não vêm
E temos sonhos
Que os grandes não têm
E somos pequenos e “mais grandes” que os grandes
Mas quereremos crescer…

E depois de crescidos
vemos que…

A energia morreu
A vontade de viver diminuiu
O fruto da ambição apodreceu
O sonho já não existe
O jornal apenas se lê
O tempo é controlado
Vive-se o presente
Pensando no futuro melhorado
E quer-se ser pequeno outra vez ...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Falando do Medo














Se nunca sentiste medo não és corajoso, és louco! O medo não é um acto de cobardia mas sim uma atitude racional. É um martelo que nos faz estremecer de adrenalina, um alerta do cérebro que tem receio que o corpo ou a alma se magoem. Sem o medo, muitas das Coisas materiais ou psicológicas que o Homem conquista não teria pois não as desejaria se fossem fáceis e sem risco. O medo faz de pequenas e duvidosas circunstâncias, certezas que nos aterrorizam e nos impedem de agir. Portanto, doseia o teu receio com a tua esperança e com o teu pensamento e depois age, ou não faças absolutamente nada… Os maiores gestos de coragem, muitas vezes são aqueles que parecem cobardes...

Quando somos realmente corajosos aceitamos a palavra “cobarde” e mostramos com inteligência a nossa verdadeira coragem no momento certo.


( Desculpem não ter desenvolvido mais )

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Maus dias



















Há dias que são simplesmente maus. Pode estar um sol radiante lá fora mas por dentro estamos a trovejar. Acordamos e o dia parece-nos cinzento. Tentamos ouvir as pessoas mas não conseguimos prestar atenção ao que dizem e só temos vontade de as deixar a falar sozinhas. Escrevemos e falamos com frases curtas e directas. Apetece-nos faltar a todos os compromissos e responsabilidades e o dia parece ter 48 horas. Passa tão devagar, tão devagar, tão devagar… Para piorar mais a situação, recebemos de bónus uma má noticia… Só nos apetece mesmo fazer uma cova no chão e enterrarmo-nos. É assim que me sinto hoje. Desculpem as “frases curtas e directas”, não estou com paciência.

Fui!!!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Segredo de Injustiça
















Injustiça… Este veneno que vai matando lentamente a alma e que faz sofrer o coração. Estas garras que o apertam e o espremem, como um limão, fazendo escorrer lágrimas amargas de tristeza. Em cada lágrima derramada, os mil reflexos irradiam a dor sofrida.
Entre muita gente, a injustiça aponta-nos o dedo de olhos vendados. Ela obriga-nos a remar contra a maré exaustivamente até encontrar a justiça que por todos ela é cobiçada. No mar imenso, depois de o nosso barco se desgastar, de usarmos todas as nossas forças para nadar e quando não conseguimos nunca o que queremos encontrar, vemos uma coisa que sempre esteve connosco, uma indefesa concha que agora tem uma pérola chamada conclusão. Essa diz que a injustiça não é assim tão injusta porque apesar de nos fazer sofrer, fez-nos pensar, fez-nos lutar, fez-nos acreditar, fez-nos crescer!

A injustiça serve para nos pôr à prova...

Poesia resumida






Com a poesia, diz-se com uma palavra, outras mil.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sonha!!!















Contraria os que te dizem para parares de sonhar, para parares de voar, para voltares à terra. Sonha! Sem sonho não há ambição, não há crescimento, não há conquista. Não hesites nas tuas decisões, pensa no que queres e não no que os outros querem. Ou melhor, não penses, pára de pensar e age. Sê louco e irracional, sê ser humano e vive! Erra para cresceres mas enquanto cresces, sonha. Envelhece mas mantêm-te criança. Abre as asas, voa cada vez mais alto e sem medo de cair. Se caíres, levanta-te e volta a tentar. Escala montanhas sem medo das pedras que te aparecem no caminho, sobe árvores sem medo dos ramos que possam partir (se partirem remenda-os), nada sem medo das ondas e se elas aparecerem, passa por cima delas mas sem as magoar… Salta as barreiras que crias, destrói os muros que estão à tua frente mas não atropeles ninguém, ajuda-as também a saltar. Se não auxilias, o teu coração que tanto sonha passa a tornar-se um objectivo mal concretizado, um pesadelo.
Ignora os que contigo gozam pelas tuas ideias parecerem loucas e os teus sonhos impossíveis. Não percas tempo a explicar-lhes se eles não te percebem e concretiza tudo o que desejas. Decide, faz opções e segue mais o teu coração do que o teu cérebro porque apesar da sabedoria ser maior, o coração sabe mais. Termina a tua vida sem pensar no que podias ter feito porque o passado não pode ser remendado, portanto fortalece e decide o presente e vive sem remorsos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Disfarce de um anjo
















Ai este anjo que é um diabo
Esta chama sempre acesa
Que queima o cérebro,
Que aquece o coração
E que desejava que fosse apagada…

Este anjo...
Que me ofereceu o maior tesouro
Que eu não desejava…
E dificilmente partilhava

Este diabo!
Que caiu repentino sobre a minha alma
E que se foi embora sem satisfação alguma
Deixando-me abandonado no Pensamento
Nesta vasta floresta…
Onde me encontro perdido e as escuras
Iluminado apenas pela chama que arde no coração

Chama indesejada!
A mais difícil de ser apagada
Quanto mais água se despeja
Mais viva e intensa ela arde...

Que Malvado disfarce deste anjo
Deu-me o céu,
E transformou-o em inferno

Insignificância não insignificante















As coisas mais insignificantes, apesar de não nos parecer, são as que mais recordamos. O som de uma porta de um determinado lugar, o cheiro do eucalipto, o orvalho, a relva acabada de cortar, o cheiro do barro, a lareira da aldeia, o zumbido de uma abelha...
Serão essas coisas assim tão insignificantes?
De facto, não são. Pensamos que essas insignificâncias são secundárias e que se ignoram e esquecem. Mas não. Na verdade, só nos apercebemos dessas tais insignificâncias quando elas já não existem, quando delas temos saudades.
Há sabores, cheiros, sons… Coisas aparentemente desinteressantes que ao longo dos anos parecem mudar, mesmo que continuem iguais. Os gostos mudam, as pessoas crescem… A saudade do passado fica presente.
Ai! Aquela suave brisa que já não entra pela janela, o cão da vizinha que já não ladra nem chateia, os montes que já só têm silvas em lugar das flores, o xarope horrível que já não se toma, o perfume da avó…
Quando essas coisas insignificantes (mas não assim tanto) fogem nós apercebemo-nos que têm significância.
E este texto, que não tem significância, será recordado para quem percebeu que ela era insignificante.

Apresentação do blog


Boas!

Henrique Espinafre é o meu heterónimo(uma personagem criada). Provavelmente não irão gostar do que escrevo, porém, este blog é uma forma de entretenimento. Além disso, qualquer pessoa que tenha algo para partilhar consegue escrever boas coisas. Não será bem esse o meu caso porque muitos dos posts (ou todos) irão ter "sentimento artificial" ou imaginado. No entanto, espero que apreciem o blog e que sintam o sentimento como real. Critiquem!!!


Até ao próximo post!