sábado, 19 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Spira Unplugged

Espero que apreciem a música...


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Como são belos...


Os anúncios do Azeite Gallo!!!

Uns melhores outros piores, cá estão alguns:




I


II

III

IV ( excelente!)





V (o meu preferido...)

VI

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Partir para a escuridão
























A lágrima cai sobre as palavras sentidas
E a tinta borrata o coração
Sujando as maravilhas
Da ilusão

Quero fechar os olhos
E sonhar eternamente
Abandonando a vida
Que nunca vivi realmente

Vou dar a minha vida aos demónios,
Partir para a solidão
Que há na escuridão
Do infinito
Onde só se ouvem vozes
De almas perdidas
Num poço tão fundo de dor
Que ecoam nos tetos dos céus

Ah! Que as minhas veias gelem
E que o meu coração fraco
Degradado pela tristeza
Pare de bater
Para não mais sofrer
De paixões sem franqueza

E o meu corpo ficará na terra
A apodrecer
E terminará a guerra
Porque a minha língua vai secar
E vou parar de gritar
De gemer,
Vou morrer

domingo, 25 de abril de 2010

Porque é 25 de Abril...

















(Que azar.... O feriado tinha que calhar num Domingo! Aff...)

Conquista

"Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!"

Miguel Torga, in 'Cântico do Homem'

sábado, 24 de abril de 2010

Só para ouvir...

Adoro... As duas versões...




domingo, 18 de abril de 2010

Sem titúlo, pode ser?

Estou a tentar escrever uma história ("Fechar as portas"). Outra. Portanto irei publicar menos textos meus no blog. Deixo aqui um excerto...
























(...)

Com a visão fraca, como se os seus olhos fossem vidros embaciados, por ser de manhã, decidiu ir lavar a cara. Quando se olhou ao espelho, algo estava diferente… A sua cara estava a destorcer-se, rodando muito lentamente… Apoiou-se com uma mão no espelho pois sentia-se estranho e sem força. A sua mão branca começou enterrar-se como uma erva daninha, o espelho estava-se a derreter, tornando-se viscoso. Já sem saber onde se segurar caiu por onde agora não era uma parede, mas sim um grande buraco com azulejos derretidos a escorrer para o chão.(...)
Abriu os olhos com dificuldade e levantou-se calmamente. Estava tudo muito escuro quando, do nada, viu uma intensa luz aproximar-se e contemplou-a até ao ponto de perceber que era um comboio… Num segundo, ficou pálido e arregalou os olhos fechando-os feroz e rapidamente de seguida.
Reabriu os olhos cautelosamente. Estava tudo agora claro e vazio. O comboio não tivera produzido qualquer tipo de som e continuava no ar um silêncio desagradável. Estaria ele morto? Confuso, olhou para o chão e em frente aos seus chinelos viu um comboio de corda… Era um passado brinquedo dele... Baixou-se, tocou-lhe e este esvaziou-se como se fosse um insuflável ou um balão. Não percebia o que se estava a passar. Morto não podia estar, pois sentia o seu coração bater aceleradamente, estaria então a sonhar? Sempre tivera sonhos muito esquisitos e sem sentido e este poderia muito bem ser um desses. Suspirou. Depois de o fazer, o comboio voltou a encher-se, cresceu e tornou-se, pelo menos aparentemente, real.
Entrou no grande comboio de corda. Era muito espaçoso mas só tinha duas cadeiras. Tentou-se sentar numa delas mas esta pareceu empurrá-lo. Atrapalhado, sentou-se na outra que não o rejeitou. Pela janela, ligeiramente embaciada, distinguia vultos pretos em pequenas gôndolas em cima de altas arvores… Que sentido teria aquilo? Ele não sabia, mas pelo menos ganhara a certeza de que estava a sonhar.
O comboio parou silenciosamente. Levantou-se da cadeira e tentou abrir a porta do comboio. Esta, mal ele lhe tocou, dissolveu-se no ar.

(...)